segunda-feira, 10 de maio de 2010

Petróleo opera em queda, com temor sobre contágio da crise grega

SÃO PAULO – O petróleo inicia a tarde de quinta-feira dia 06 operando no campo negativo, pressionado por temores de que a crise fiscal grega se espalhe por outros países europeus e afete a demanda global por óleo bruto. Há pouco, o barril negociado em Londres registrava queda de 1,59%, cotado a US$ 81,3.

Com o desempenho negativo dessa sessão, o petróleo acumula forte baixa de 5,93% neste mês de maio. Por sua vez, a variação no ano fica positiva em 4,47%, já que a commodity encerrou o ano passado cotada a US$ 77,33 por barril em Londres.

O contrato com vencimento em junho de 2010, que apresenta maior liquidez no mercado de Nova York, opera a US$ 78,91 por barril, configurando uma baixa de 1,33% frente ao fechamento anterior.

Referências

Refletindo o clima de maior aversão ao risco trazido por novos temores relacionados à crise fiscal grega e sua repercussão em outros países europeus, o petróleo acumula desde o último dia 3 de maio desvalorização de aproximadamente 8%, atingindo nesta sessão o menor patamar em nove semanas.

A apreciação do dólar frente às principais divisas do globo também tem pressionado expressivamente as cotações da commodity. É válido notar que, por serem cotadas em dólares, as commodities ficam mais caras para os detentores de outras moedas quando a moeda norte-americana se valoriza.

Mais uma crise no caminho das commodities

São Paulo - Ainda que tenha elevado a volatilidade dos preços das principais commodities agrícolas negociadas pelo Brasil no exterior, o recrudescimento da crise financeira na Europa, sobretudo na Grécia, não teve forças para atropelar os fundamentos de oferta e demanda e determinar, sozinho, uma direção comum para esses mercados em abril.
Levantamento do Valor Data com base nas médias mensais dos contratos de segunda posição de entrega (normalmente os de maior liquidez) transacionados nas bolsas de Chicago e Nova York mostra que quatro dos oito produtos analisados (milho, trigo, açúcar e suco de laranja) encerraram o mês passado com ganhos em relação a março, enquanto a outra metade (soja, cacau, algodão e café) registraram quedas na mesma comparação.
Com esses resultados, seis das oito commodities (açúcar, café, cacau, soja, milho e trigo) fecharam abril com preços médios inferiores aos de dezembro de 2009, enquanto apenas duas (suco e algodão) apresentam ganhos. Em relação às médias praticadas em abril do ano passado, soja, milho e trigo, negociados em Chicago, registram baixas, ao passo que as demais, referenciadas em Nova York, têm altas.
Ainda que não tenha determinado resultados comuns - só altas ou só baixas - para as oscilações das commodities agrícolas em abril, a elevação das apostas de grandes fundos de investimentos, principalmente especulativos, no ouro, como parte de uma estratégia de defesa contra a crise europeia, ajudou a oferecer alguma sustentação às cotações.
A grosso modo, as carteiras de commodities desses fundos são divididas, com maior ou menor peso, por diversos produtos, e investimentos maiores em um deles podem ajudar a oferecer suporte aos demais. Eventuais ganhos com uma commodities também têm de ser reinvestidos para o capital não ficar parado. É um perfil diferente dos "commercials", investidores normalmente ligados ao setor e que mantêm lastros nos mercados físicos. Para esses, os fundamentos de oferta e demanda de cada segmento têm uma influência maior do que para os especulativos.
Em Nova York, foi uma combinação "financeiro-fundamental" que provocou forte erosão da cotação média do açúcar em abril na comparação com março. A safra brasileira começou e as perspectivas para a demanda global derraparam, combinação que naturalmente provocaria pressões "baixistas", mas uma liquidação especulativa maximizou a tendência - como também havia acontecido quando os fundamentos eram "altistas" e as cotações atingiram máximas em três décadas - e o tombo foi de quase 12%.
Com menos intensidade, combinação semelhante também derrubou os preços do suco, cuja cotação média de abril foi mais de 8% inferior a do mês anterior. Terminou o período durante o qual as baixas temperaturas na Flórida - que reúne o segundo maior parque citrícola do mundo, atrás do de São Paulo - ameaçavam os pomares, o que tirou sustentação dos preços, e fundos aproveitaram para desarmar posições, amplificando a baixa.
No mercado nova-iorquino de cacau, a expectativa de aumento da demanda mundial atraiu investimentos especulativos que chegaram a impulsionar as cotações ao maior patamar em 12 semanas. Ao fim e ao cabo, o preço médio dos contratos de segunda posição em abril ficou mais que 5% superior ao do mês anterior.
O algodão, por sua vez, foi influenciado pelos efeitos positivos do aumento da demanda da China e encerrou o mês com pequena valorização de sua cotação média - mas o suficiente para transformar o produto no de maior alta em relação à média de abril de 2009 (65,61%). O café, que completa o time dos principais produtos agrícolas negociados em Nova York que fazem parte do levantamento do Valor Data, permaneceu praticamente estável.
Na bolsa de Chicago, o mês passado marcou o início do "weather market" vinculado aos efeitos climáticos sobre o desenvolvimento da nova safra americana (2010/11). E, pelo menos por enquanto, não há sinais de catástrofes, o que preserva as projeções de boa safra no maior player agrícola do planeta, como já indicara o primeiro levantamento do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) sobre as intenções de plantio naquele país.
Sendo assim, o milho encerrou abril com cotação média quase 3% inferior à de março, apesar dos sinais de que a China poderá elevar as importações do produto americano, que emergiram já no fim do mês. A mesma China que deverá ampliar as exportações de soja nos próximos meses, como indicou a respeitada publicação alemã "Oil World", e foi decisiva para garantir a alta de 2,7% do preço médio do grão em Chicago. O trigo, como o café, seguiu na mesma faixa de negociações praticada em março.
Os cálculos do Valor Data também mostram que o primeiro quadrimestre de 2010 foi o de maiores preços médios desde 2000 para açúcar, cacau e algodão. Nos casos de café e soja, foi o segundo melhor, abaixo apenas da cotação média dos primeiro quatro meses de 2008; o suco perdeu para 2007.

Sistema de mercado

Nos sistemas de mercado, para um determinado nível de preços, se a produção excede o consumo, os preços tendem a baixar; e que no caso em inverso tendem a subir. No fundo, são essas variações nos preços que acabam por ajustar os dois pratos da balança: as quantidades produzidas (a oferta) e a demanda dos consumidores (a procura).

Se a produção (a oferta) for excessiva ao descerem os preços diminuem os lucros das empresas, que perante tal fato, se desencorajam e passam a produzir menos. Esta menor produção e o maior consumo associados aos mais baixos preços acabam por eliminar o excesso de produção, por ajustar a produção ao consumo (ou,por outras palavras,à procura ,à oferta:este ajustamento automático é conhecido por lei da procura e da oferta).

Numa situação inversa, de produção insuficiente relativamente à procura, igualmente por variações nos preços,procura e oferta tendem a igualar-se.

O sistema de mercado caracteriza-se por estes automatismos, que, no entanto tendem a ser, cada vez mais limitados na sua atuação: aumentos de preços não acarretam necessariamente diminuição de procura se os bens forem de primeira necessidade.

A produção de bens alimentares vem nomeadamente, da agricultura, da pecuária, da pesca, das indústrias alimentares. Mas estes setores, para funcionar, necessitam de outros. Necessita que haja setores que forneçam maquinarias, matérias-primas, energia, transportes, serviços. Por sua vez, estes últimos setores necessitam do concurso de outros.

BM&FBOVESPA - Compra a futuro

Compra a futuro - é tipo de operação em que o aplicador está mais interessado, em princípio, nas variações de preço do que nos próprios títulos em si. O aplicar acompanha atentamente as alterações de preço e ,quando julgar conveniente,encerra a posição através de uma operação inversa (venda a futuro), ficando com o lucro ou prejuízo que a variação de preço houver ocasionado. Trata-se de um mercado mais frequentado pelos especuladores e menos pelos investidores.

Mercado a Termo - onde as liquidações das operações se processam em prazos futuros predeterminados de acordo com o prazo do termo.

Mercado Futuro - é o mercado onde se realizam operações a futuro, para vencimentos predeterminados de índices de lucratividade das bolsas de valores.

Os problemas da agricultura e da pecuária são muito complexos talvez até um dos pontos fracos de nossa economia.

A agricultura, entretanto, é um dos setores onde existe maior liberdade de ações, e a interferência do governo, relativa. O mais difícil problema, entretanto, continua a ser a comercialização. Não dispomos ainda de uma estrutura adequada para isso, e os produtores e consumidores, nesse contexto geral, são muito sacrificados, pois os intermediários são os que auferem maiores lucros.

Commodities Ambientais - Crédito de carbono


Créditos de carbono ou Redução Certificada de Emissões (RCE) são certificados emitidos quando ocorre a redução de emissão de gases do efeito estufa (GEE). Por convenção, uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) equivalente corresponde a um crédito de carbono. Este crédito pode ser negociado no mercado internacional. A redução da emissão de outros gases que também contribuem para o efeito estufa também pode ser convertido em créditos de carbono, utilizando o conceito de Carbono Equivalente. Créditos de carbono criam um mercado para a redução de GEE dando um valor monetário à poluição. Acordos internacionais como o Protocolo de Quioto determinam uma cota máxima que países desenvolvidos podem emitir. Os países por sua vez criam leis que restringem as emissões de GEE. Assim, aqueles países ou indústrias que não conseguem atingir as metas de reduções de emissões, tornam-se compradores de créditos de carbono. Por outro lado, aquelas indústrias que conseguiram diminuir suas emissões abaixo das cotas determinadas, podem vender o excedente de "redução de emissão" ou "permissão de emissão" no mercado nacional ou internacional. Os países mais industrializados podem promover a redução da emissão de gases causadores do efeito estufa (GEE) em países menos industrializados através do mercado de carbono quando adquirem créditos de carbono provenientes destes países. Os países da União Européia fizeram um acordo para diminuir emissões de GEE no período entre 2002 e 2007, ou seja, além da diminuição de emissões de GEE entre 2008 e 2012 do Protocolo de Quioto, esses países desenvolveram outras metas para o período anterior ao Protocolo de Quioto. As permissões de emissões das diferentes indústrias podem ser negociadas entre elas. Créditos obtidos a partir de projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) também podem ser usados para diminuir partes das emissões. Os Estados Unidos da América não são signatários do Protocolo de Quito. Grupos e setores que não precisam diminuir suas emissões de acordo com o Protocolo de Quioto ou empresas localizadas em países não signatários do Protocolo de Quioto, têm a alternativa de comercializar reduções de emissões nos chamados mercados voluntários. Os principais contratos de crédito de carbono são negociados pela Bolsa de Clima de Chicago (CCX), pela Bolsa de Clima da Europa (ECX) e pela Bolsa Intercontinental (ICE Europe).

Commodities Financeiro


O mercado cambial internacional é composto de negociações de compra e venda sempre envolvendo duas moedas (divisas) ou paridade (cross). Existe uma grande quantidade de moedas ou divisas disponibilizadas no mercado ao investidor, mas em particular podemos considerar algumas com maior percentual de importância ou de preferência, devido a vários fatores. Algumas paridades (hard Currencies) em especifico possuem maior importância para a natureza e consequente liquidez atrativa, portanto paridades envolvendo EUR/USD, USD/JPY, USD/CHF e GBP/USD possuem liquidez (existe sempre um vendedor para a sua intenção de comprar e um comprador para a sua intenção de vender) superior e um volume de negociação correspondente. Há uma grande quantidade de paridades consideradas exóticas (Soft Currencies) USD/MXN, HUF/USD etc, onde a importância e volumes negociados são bem menores.

USD - Dólar Americano

Moeda de referência no mundo por excelência desde o termino da Segunda Guerra Mundial. A maioria das moedas são cotadas e ligadas ao dólar. Outras moedas importantes como o Euro, Yen Japones, Libra Esterlina e Franca Suiço se movem contra a divisa Americana.

EUR - Euro

Desde sua criação em dezembro de 1999, sucedeu rapidamente ao então tradicional Marco Alemão (moeda de referencia na Europa, até então) passando a ser a segunda divisa frente ao mundo com forte aceitação influenciada pela União Europeia (UE) anteriormente designada de Comunidade Econômica Europeia (CEE).
O Euro (EUR) é a moeda oficial dos países da União Europeia que aderiram a Zona Euro, em circulação física desde 1 de Janeiro de 2002 e em circulação eletrônica desde 1999.

JPY - Yen Japones

A terceira divisa mais transacionada no mercado internacional. Muito sensitiva a fatores ligados a tecnologia e produção agrícola do oriente e ao Nikkei o índice oficial da bolsa Japonesa.

O Yen ou iene é a moeda usada no Japão. Em japonês geralmente é pronunciado apenas "en", mas a pronuncia "yen" é comum em outros idiomas, como português. Os códigos para a moeda em ISO 4217 são JPY e 392.

GBP - Libra Esterlina

Moeda oficial do Reino Unido ate o inicio da Segunda Guerra mundial foi considerado uma moeda de referência no mundo. A maioria de suas transações é realizada em Londres cidade considerada ponto chave em volume de negociações frente ao mercado Forex. A palavra libra, em inglês Pound, era um termo utilizado pelas unidades monetárias de varias regiões da Europa. A palavra deriva do baixo latim libra (século x).

Originalmente, esse valor correspondia a uma libra de prata. A palavra esterlina (inglês: sterling) vem do francês antigo esterlin, que originou o termo em inglês antigo stiére (forte, duro, indestrutivel), nome dos deniers escoceses do rei David I da Escócia (1123 a 1153), e do novo denier inglês do rei Henrique II em 1180.

CHF - Franco Suíço

É uma grande moeda europeia utilizada na Suíça e no Liechtenstein, é subdividido em 100 centimos (alemão: Rappen, italiano: centesimi). Tem um comportamento muito parecido com o Euro frente ao Dólar.

Real

O Real é a moeda corrente no Brasil. Após sucessivas trocas monetárias (réis, cruzeiro, cruzeiro novo, cruzado, cruzado novo, novamente cruzeiro e cruzeiro real), o Brasil adotou o real em 1994, que, aliado à drástica queda das taxas de inflação, constituiu uma moeda estável para o país. Foi implantado no mandato do presidente Itamar Franco, sob o comando do então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, depois eleito presidente da República.

Commodities Pecuárias - Ovinos


A ovelha é um animal de enorme importância econômica como fonte de carne, laticínios, lã e couro. Criado em cativeiro em todos os continentes, a ovelha foi domesticada na Idade do Bronze a partir do muflão (Ovis orientalis), que vive atualmente nas montanhas da Turquia e Iraque.


Importância econômica


A criação de ovelhas (ovinocultura) é uma atividade que tem ocupado fazendeiros desde os tempos mais remotos, pois este animal pode fornecer leite, lã, couro e carne. No Século XXI as ovelhas ainda constituem importância vital na economia de vários países. Os maiores produtores de ovelhas (per capita), estão no hemisfério sul, excetuando a China, e incluem Nova Zelândia, Austrália, Argentina, Uruguai e Chile.
No Reino Unido a importância do comércio de lã era tão grande que na câmara superior do parlamento (a Casa dos Lordes) o Lorde Chanceler senta-se numa almofada conhecida como saco de lã (woolsack). A sua carne é consumida no mundo inteiro. Seu leite é usado para produzir diversos tipos de queijo, entre os mais conhecidos estão o roquefort. Em alguns lugares do mundo, como a Sardenha, a ovinocultura tornou-se a principal atividade econômica. Mesmo nos dias atuais, o investimento em rebanhos fornece retornos financeiros de até 400% do seu custo anual (incluindo ganhos reprodutivos).